Saturday, March 13, 2010

Modelo de negócio tradicional da Barnes & Noble

A Barnes & Noble foi a maior cadeia de livrarias do mundo, com vendas no montante de 2,45 biliões de dólares em 96. Vendia apenas livros nos EUA e era proprietária de pelo menos uma loja em todas as maiores cidades dos EUA. No final de 96 os seus espaços comerciais eram operados em cerca de 80% por superlojas e empregava cerca de 20,000 pessoas. O valor de mercado do seu capital atingiu no final de 1996 cerca de 888 milhões de dólares e foi aumentado para 1.416 milhões no final de Junho de 97, sendo 25% desse capital controlado pelo seu Presidente Leonard Riggio.

Em 1975 foi inaugurada a primeira superloja em Nova York. Nos anos seguintes foram inauguradas mais superlojas em Manhattan e na baixa de Boston. Apesar do sucesso destas superlojas, a Barnes & Noble dependia fundamentalmente de uma cadeia de lojas “discount” mais modestas em termos de espaço, localizadas no Northeast. Em 1985, a Barnes & Noble comprou a B.Dalton e deu-se início ao processo de crescimento acelerado com base no conceito de superlojas para a venda de livros, representado estas em 96 cerca de 77% das vendas da empresa.

Ao longo dos anos a empresa desenvolveu um conjunto de negócio relacionados com o livros: publicação de mais de 1.500 títulos sob impressão da Barnes & Noble, muitos deles redições de velhos títulos oferecidos com descontos significativos. No sector do Marketing-Directo a empresa comprou a Marboro, implementou um clube de membros que tinham acesso a títulos seleccionados com grandes descontos e foi o maior fornecedor de venda de livros por catálogo. Em 1996, expandiu-se para o Canadá adquirindo 20% da Chapters, o maior retalhista de livros no Canadá. Apesar desta ligeira diversificação, a Barnes & Noble continuou a depender das suas livrarias nos EUA, no modelo de superlojas.

A Barnes & Noble lidava directamente com mais de 1.200 editores e aproximadamente 50 distribuidores, aos quais fazia as suas compras. As compras aos cinco principais fornecedores representavam cerca de 48% do volume de compras em 96, e o fornecedor mais importante representava 19% dessas compras. Cerca de 40% dos livros vendidos pela empresa eram fornecidos via um armazém em New Jersey, inaugurado em Setembro de 96. Os livros em armazém eram expedidos para as lojas em 2 a 3 dias, em comparação com os típicos prazos de entrega de várias semanas dos editores. A empresa planeou centralizar ainda mais esta distrbuição em New Jersey até aos 50% no sentido de obter melhores margens de comercialização, incremento de disponibilidade e rotação de stock. Para isso, a Barnes & Noble introduziu um sofisticado sistema informático que permite visualizar online o inventário.

Em complemento às superlojas, a Barnes & Noble opera com outras diversas cadeias de lojas mais pequenas sob as insígnias B.Dalton Bookseller, Doubleday Book Shoops e Scribner’s Bookstore. Estas lojas muitas das vezes localizadas em passeios públicos, são mais pequenas, tem menos oferta de títulos, preços mais altos e menos baixas de preços. Desde 1991, a tendência da Barnes & Noble foi a de fechar este tipo de lojas. E hoje ? O que é feito da Barnes & Noble ?