Monday, February 23, 2009

Tem de haver um fim para esta crise….

Claro que sim ! Claro que esta crise irá passar e no meio disso, o efeito mais importante que virá com esta crise é o de as empresas se focarem de novo no seu core business para assim voltarem a ser rentáveis.

Dessa forma, penso que voltaremos a ter muitas empresas com organizações mais achatadas, com processos de aprendizagem mais próximos do mercado e em geral, uma atitude mais sóbria de como fazer negócios. Acredito que irão sobreviver aqueles que começarem a avaliar o retorno do investimento, em oposição aos que desesperadamente fazem cortes de custos !

E, não esquecer, que há sempre a possibilidade de se começar a viver de forma mais simples! Até poderá ser uma forma interessante de viver, aprendendo a viver com menos, eliminando as coisas mais superfúlas e fúteis. Tal como na história do velho agricultor que recebeu em sua casa uma visita inesperada e que lhe disse: “ pede-me qualquer coisa que tu queiras, e eu dir-te-ei como consegues viver sem ela” !

Claro está que temos ainda e também, a questão da corrupção ! Num futuro próximo, não penso que a corrupção diminua ! Se calhar até vai aumentar nos tempos mais próximos pois, tal como acontece com as especíes em vias de extinção, a corrupção tudo fará para sobreviver. Mas, também haverá mais discernimento por parte da maioria das pessoas, o que dificultará a sobrevivência dos corruptores e dos corrompidos. Os valores fundamentais de como fazer negócios serão reavaliados e reexaminados. E de uma forma geral, os valores da sociedade serão encarados de uma outra forma. É até provável que a Igreja conheça uma nova dinâmica que poderá revitalizar, por exemplo, o sacerdócio e as carreiras sacerdotais.

No final, os homens de negócios aprenderão com a experiência e trabalharão de uma forma mais inteligente. A redução de pessoal devido à má gestão durante a crise deixará de ser uma boa opção. No entanto, “eliminar madeira velha” poderá criar espaço para a inovação e o crescimento. E se muitos dos gestores tivessem estado atentos a isso no passado, muitas empresas não estariam hoje desesperadamente a reduzir postos de trabalho.

No essencial: podemos escolher entre ser vitímas ou triunfadores dos tempos desafiantes que passamos. Enquanto isso, saberemos que a negação é uma emoção forte e até que a opinião pública em geral não abra os olhos, a nossa consciência colectiva não conseguirá perceber o que se está a passar. Por exemplo, no que toca à justiça e à total ausência de sentido de justiça. Só esse simples facto, poderá fazer-nos passar por um processo longo e doloroso, até regressarmos aos valores fundamentais do respeito pela humanidade e às práticas comerciais assentes na honradez e na ausência de ganância.

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